sexta-feira, 16 de março de 2012

Blogosfera: a derrocada?


Resolvi deixar para a próxima segunda-feira a conclusão do assunto iniciado no post anterior; hoje, peço a vocês que analisem cuidadosamente as considerações a seguir e, ao final, deixem seus comentários (como diz meu amigo Guilherme, isto aqui não é um monólogo).

Em setembro de 2006, quando criei este espaço (para embasar o volume 11 da Coleção Guia Fácil Informática), eu pretendia excluí-lo assim que o livrinho fosse publicado, mas o carinho de alguns leitores me fez mudar de ideia. Naquela época, todavia, a Blogosfera estava em franca expansão, ao passo que hoje o desânimo campeia solto entre os blogueiros, levando muitos deles a excluir seus sites ou condená-los, como um navio fantasma, a vagar indefinidamente pelas águas da Web.
Dias atrás, resolvi atualizar meu campo de “Blogs parceiros”, e me vi obrigado a remover uma porção de links – que já não levavam a nada ou então a sites onde a postagem mais recente era de meados do ano passado. Aliás, confesso que também eu também venho pensando em “enfiar a viola no saco, pedir o boné e ir cantar noutra freguesia”; afinal, quem escreve quer ser lido, e a drástica redução nos comentários, de uns seis meses para cá (sem precedentes nos quase 6 anos de existência do Blog) me causa uma incomodativa sensação de “estar falando para as paredes”.
Felizmente, a julgar pelas estatísticas do Blogger, as visualizações indicam luz no fim do túnel – espero que não seja o farol do trem (risos). Mesmo assim, estatísticas devem ser vistas com reservas, até porque a metodologia por detrás desses números é um tanto nebulosa – eu, particularmente, não entendo como a visualização de uma postagem não reflete nas anteriores, já que, por padrão, o Blogger exibe as últimas sete edições. Demais disso, se acompanhar o número de visitantes e comentários ajuda a aferir o impacto de novas estratégias de divulgação do site, fazê-lo a todo instante pode desestimulá-lo a ponto de mandar tudo às favas.
Existem diversos “serviços” que prometem tornar os sites mais “visíveis” aos buscadores, mas não sei até que ponto eles funcionam – e nem se vale a pena gastar dinheiro para arrebanhar leitores se, como no meu caso, seu Blog não visa lucros (mal comparando, seria como pagar para trabalhar).
Ao fim e ao cabo, talvez a melhor política seja escolher nomes adequados: tomando este espaço como exemplo, “Informática – Dicas de Fernando Melis” proporciona (supostamente) melhores resultados do que “Fernando Melis – Dicas de Informática”, e um post sobre segurança terá mais chances de ser acessado com o título “Vírus” do que com frases de efeito como “Cautela e canja de galinha” – uma das minhas preferidas.
Adicionar palavras-chave no corpo do texto – quanto mais perto do início, melhor – e usar negrito para reforçar as idéias também ajuda, notadamente se você cadastrar seu site em buscadores como o Google, o Yahoo! ou o Bing, por exemplo. Por outro lado, dividir uma matéria em dois ou mais posts acaba sendo um tiro no pé, mesmo que explorar temas complexos gere textos muito extensos, que também desagradam os leitores... Em suma, estamos sempre entre a cruz e a caldeirinha.
Para concluir, duas perguntas:
  1. Vocês acham que o Twitter e o Facebook são os principais culpados pela “queda na audiência” dos Blogs?
  2. Será mesmo que estamos fadados a ver nossos espaços criando pó, como livros velhos que ninguém mais quer ler?
Deixe sua opinião.

Passemos agora à nossa tradicional piadinha;

A loira ia se jogar no mar, quando um marinheiro chegou e lhe disse:
- Moça, não faça isso!
- Vou me jogar, minha vida é uma droga!
- Olha, meu navio está de partida para Europa... Vem comigo; se você ainda quiser se matar, ao menos terá conhecido a Europa.
A loira viajou como clandestina por duas semanas, e o marinheiro lhe dava água, comida, e transava com ela noite após noite. Certa manhã, durante uma inspeção de rotina, o capitão descobriu a loira.
- Olha, moço, eu estou indo para a Europa porque um marinheiro me traz comida e água e, por agradecimento, eu transo com ele todas as noites. Ainda falta muito para chegar?
- Não sei, moça, esta balsa só faz a travessia Rio-Niterói!