quarta-feira, 16 de julho de 2025

MAIS SUTILEZAS DO GMAIL

A VERDADE DEVE SER DITA APENAS A QUEM ESTÁ DISPOSTO A OUVI-LA.

Se você usa o Gmail com frequência, marcar todos os e-mails como lidos permite gerenciar melhor o que é prioridade e remover notificações incômodas de mensagens antigas. 

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Antes tarde do que nunca: nesta segunda-feira, em alegações finais de 517 páginas, Paulo Gonet pediu que Bolsonaro e outros sete réus sejam declarados culpados por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado — as penas máximas e agravantes podem somar 43 anos de prisão. 

A defesa de Mauro Cid tem 15 dias para se manifestar. Depois, o mesmo prazo será aberto para os demais réus. Encerrados esses prazos, a corte irá marcar a data do julgamento. O ministro André Mendonça deve negar o pedido dos advogados de Felipe Martins para interromper as investigações da tentativa de golpe — o pedido deveria ter sido feito à Primeira Turma, onde corre o processo, além do que, segundo a jurisprudência, um ministro não pode anular monocraticamente uma decisão de outro — no caso, o relator Alexandre de Moraes.

Desde que o ex-ajudante de ordens do capetão começou a colaborar com a PF, uma pergunta tornou-se complemento inevitável de todos os desdobramentos da investigação: Quando será o indiciamento? Quando os comandantes do Exército e da Aeronáutica revelaram em depoimentos que se negaram a avalizar o golpe, a interrogação foi atualizada: Quando Bolsonaro será denunciado? Quando o STF colocou o alto comando do golpe no banco dos réus, surgiu nova indagação: Quando será condenado? Depois das alegações finais da PGR, a grande dúvida nacional passou a ser a seguinte: Será que Bolsonaro vai fugir?

Quando se começou a duvidar de Bolsonaro, é porque já não havia a menor dúvida. Em novembro de 2020, quando a Covid já havia matado mais de 160 mil brasileiros, Bolsonaro disse: "Todos nós vamos morrer um dia. [...] Tem que deixar de ser um país de maricas". Hoje, sabendo-se indefensável, o dito-cujo roça as grades pedindo ao Congresso que o anistie de um golpe que diz não ter tramado. Espera-se que receba o título de presidiário como homem. Um pedido de prisão domiciliar não faria jus a sua fama de "imbrochável", mas seria menos constrangedor do que uma fuga para a Embaixada dos Estados Unidos.z 


No computador:
 
1) Abra o Gmail em seu navegador e, na tela inicial, marque a caixinha no canto superior esquerdo (oriente-se pela ilustração desta postagem); 


2) Clique em Selecionar todas as [número] conversas em Principal;


3) Clique na opção Marcar como lida (ícone de carta aberta) no menu superior.

 
A versão do Gmail para smartphone não permite selecionar todos os emails da caixa de entrada, já que existe uma limitação de até 50 conteúdos. Assim:
 
1) Na tela inicial do app, toque e segure em uma mensagem não lida;


2) Marque a caixa Selecionar tudo;


3) Toque em Marcar como lida (ícone de carta aberta) no canto superior direito.

terça-feira, 15 de julho de 2025

SMARTPHONE — DESEMPENHO E AUTONOMIA DA BATERIA

PODERÍAMOS SER MELHORES SE NÃO QUISÉSSEMOS SER TÃO BONS.

O computador não faz o que o usuário quer, mas o que usuário manda, e seu componente mais problemático costuma ser "aquela pecinha que fica entre a cadeira e o monitor". Smartphones são mais fáceis de usar que desktops e notebooks, mas isso não significa que sejam 100% idiot-proof nem que a maioria dos problemas que os acomete não seja causada pelos próprios usuários.

 

Observação: Por utilizarem memórias voláteis, dispositivos computacionais precisam de um refresh para prevenir (ou resolver) problemas de lentidão ou travamento. Ainda que possa permanecer ligado por mais tempo que sues " irmãos maiores", o smartphone não foge à regra. No entanto, recarregar a bateria com o aparelho desligado não só economiza tempo como desobriga o usuário de reiniciar o aparelho a cada dois ou três dias para esgotar totalmente as reservas de energia e esvaziar a RAM.

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A briga entre os Poderes se tornou uma luta insana, mas o que mais impressiona é a incapacidade das partes de avançar rumo a um consenso estratégico, com foco não nas eleições do ano que vem, e sim no interesses maiores do país. 
Para piorar, caiu no colo do STF a função de conciliar e criar consenso, embora a corte não tenha sido criada para funcionar como "poder moderador". Como diz o ditado, em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão. 
No caso do Brasil, a falta é de foco nos interesses nacionais, e se deve, em grande medida, à falta de lideranças — não só, mas principalmente na política.
Não é surpresa que um presidente impopular — que, desde a posse, se dedicou a arrecadar para atender à expansão dos gastos que se recusa a cortar — vista a fantasia de justiça tributária. No entanto, além de não resolver nossos problemas, a briga pelo poder sem foco leva à perda de oportunidades abertas pela bagunça geopolítica no âmbito internacional.

O que era um símbolo de status nos anos 1990 tornou-se um artigo de primeira necessidade, e a dependência do celular é tamanha, atualmente, que o termo nomofobia foi cunhado para definir a ansiedade patológica que acomete algumas pessoas quando elas são privadas de usar seus dispositivos (segundo a Forbes, aproximadamente 21% da população mundial adulta sofre de nomofobia grave e cerca de 71% têm nomofobia moderada). 
 
Mesmo quem não padece desse transtorno precisa de autonomia, daí a capacidade da bateria ter se tornado um parâmetro tão importante quanto o poder de processamento, a quantidade de RAM e o tamanho do armazenamento interno. Os dumbphones de antigamente consumiam pouca energia porque suas funções eram básicas, mas os smartphones rodam aplicativos pesados, mantêm conexões ativas o tempo todo e têm telas grandes e brilhantes, de modo que convém escolher um modelo com bateria de pelo menos 5.000 mAh.
 
Observação: O intervalo entre as recargas não depende apenas da capacidade da bateria, mas também de como o aparelho é usado. Mesmo com uma bateria de 6.000 mAh um usuário acostumado a jogar, assistir a vídeos, navegar em redes sociais e usar o GPS terá de fazer um pit stop entre as recargas completas.
 
As baterias são projetadas para suportar de 300 a 500 ciclos completos de carga (usar 50% da bateria em um dia, carregá-la até 100%, usar outros 50% no dia seguinte e tornar a carregá-la também conta como um ciclo completo), o que representa uma vida útil de 3 a 5 anos. Por outro lado, a maioria de nós troca o aparelho bem antes disso, de modo que essa vida útil costuma ser mais que suficiente.
 
Smartphones de entrada de linha com 4 GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno devem ser evitados. Se não puder investir num modelo com 8 GB e 256GB (ou 12 GB e 512 GB), compre um aparelho de pelo menos 64 GB e amplie esse espaço com um cartão de modelo, capacidade e classe de velocidade compatíveis, lembrando que iPhones e a maioria dos celulares Android "premium" não aceitam cartão.
 
É importante utilizar carregadores e cabos originais (ou homologados pelo fabricante do celular), não expor o smartphone a altas temperaturas e condições ambientais adversas e recarregar a bateria antes que o aparelho desligue automaticamente (o ideal é manter a bateria com 40% ~ 80% de carga). A maioria dos modelos atuais suporta o carregamento rápido, e com o carregador adequado — que geralmente é vendido separadamente — 15 minutos na tomada bastam para meia carga e cerca de 1 hora para carga total.
 
Smartphones da marca Honor com baterias de silício-carbono oferecem até 3 dias de autonomia e mantém a capacidade máxima de carga mesmo depois três anos de uso. O Honor Magic 7 Lite vem com uma bateria de 6.600 mAh que, com 2% de carga, permite até 1 hora de conversa por voz, ou 20 minutos de streaming de vídeo, ou 30 minutos de navegação em redes sociais.
 
Se seu telefone não passa um dia inteiro longe da tomada, considere a aquisição de um carregador “automotivo”, mas evite produtos genéricos, como os que são vendidos por ambulantes e marreteiros. Por serem de baixa qualidade, eles podem danificar a bateria, o telefone e até mesmo o circuito elétrico do veículo, sobretudo se forem ligados ao mesmo tempo que o ar-condicionado, o desembaçador do vigia traseiro ou outro acessório que possa causar um pico de tensão.
 
Vale também reduzir o brilho da tela e o tempo de "timeout" e ativar os modos escuro e de economia de energia, desativar o disparo automático do flash, a sincronização automática de fotos e vídeos, as conexões sem fio, o serviço de GPS e os alertas sonoros/vibratórios. Em trânsito, desative o Wi-Fi e ative os dados móveis, e só ligue o Bluetooth quando for realmente necessário. 
 
Evite armazenar muitos arquivos multimídia e instalar apps desnecessários — mesmo os programas úteis devem ser impedidos de permanecer rodando em segundo plano sem necessidade. Execute o CCleaner (ou equivalente) duas ou três vezes por mês e use o Z-Device Test ou o Phone Doctor para identificar e reparar problemas sem precisar restaurar as configurações de fábrica.
 
Jamais tente remendar uma tela trincada ou rachada. Para prevenir acidentes, proteja o display com uma película de cerâmica, hidrogel ou vidro temperado e o celular com um capinha TPU, de silicone ou acrílica — elas custam mais que as vendidas nos camelódromos, mas bem menos que a troca do display ou um aparelho novo.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 36ª PARTE

FARE E DISFARE È TUTTO UN LAVORARE.

Diversas teorias foram tidas como verdades absolutas até serem colocadas em xeque por novas evidências. O geocentrismo, por exemplo, foi aceito durante séculos, até que Copérnico, Galileu e outros polímatas demonstraram que é a Terra que gira em torno do Sol, e não o contrário. 

 

Outro caso emblemático é o da gravidade, que Newton descreveu como uma força de atração direta, mas que Einstein reescreveu como a curvatura do espaço-tempo provocada por objetos massivos — uma deformação que afeta o movimento de outros corpos, incluindo a luz, e influencia até mesmo a passagem do tempo.


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O inimigo do nosso inimigo não é necessariamente nosso amigo — mas pode, sim, ser um aliado valioso. Por outro lado, interesses em comum costumam gerar disputas quando deixam de convergir. Quando isso ocorre, o resultado costuma ser cizânia.

Tarcísio de Freitas, eleito governador de São Paulo com as bênçãos e o apoio de Jair Bolsonaro, meteu-se numa briga com Eduardo Bolsonaro (vulgo "Bananinha") por conta de uma decisão estapafúrdia de Donald Trump: sobretaxar em 50% as exportações brasileiras.

Após tratar o tiro da calopsita alaranjada como uma vitória do capetão, Tarcísio — tentando temperar seu bolsonarismo com algum resquício de racionalidade em defesa dos interesses do PIB paulista — postou nas redes que "é preciso negociar", com base em "dados e argumentos consolidados". E, como se não bastasse, apresentou a ministros do STF uma proposta pra lá de indecorosa: autorizar o "mito" a ir aos EUA negociar diretamente com o "mico".

Em postagem malcriada, Zero Três cravou: "Qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo Caracu." Nessa versão, Tarcísio entraria no acerto com a cara — e Bolsonaro, com o resto.

Como bem sintetizou Josias de Souza: "Acreditava-se que a autofagia fosse uma doença da esquerda. Mas a fome com que o afilhado e o filho disputam os despojos de Bolsonaro — num caso clássico de briga de antropófago com canibal — revela que a direita pode morrer de indigestão antes mesmo de escolher um candidato ao Planalto."


Einstein também postulou que existem, no Universo, três dimensões espaciais e uma temporal, e que espaço e tempo formam uma estrutura única e indissociável: o espaço-tempo. No entanto, a despeito de ter resistido a todos os ataques sofridos ao longo dos últimos cem anos, a Teoria da Relatividade não é capaz de conciliar a gravidade com a Mecânica Quântica num mesmo modelo

 

A Teoria M — que unifica cinco versões anteriores da Teoria das Cordas — propõe que o Universo se desenrola em dez dimensões espaciais e uma temporal. As sete dimensões adicionais estariam compactificadas em escalas da ordem do comprimento de Planck, e sua detecção exigiria uma quantidade absurda de energia. 

 

Mas a pergunta que se coloca é: será que existe um multiverso, com um universo paralelo em que haja um sistema solar como o nosso, com um planeta como o nosso, onde vivem versões alternativas de cada um de nós? A resposta, como costuma acontecer com perguntas desse tipo, é: "depende" — nesse caso específico, depende daquilo que entendemos por "dimensões".

 

Em um mundo com apenas duas dimensões espaciais, a realidade seria como uma folha de papel: haveria apenas largura e comprimento, mas nenhuma noção de altura. Se colocássemos uma caixa tridimensional nesse mundo hipotético, seus habitantes, confinados à bidimensionalidade, não compreenderiam a natureza do objeto, pois perceberiam apenas um quadrado surgindo do nada. 

 

Do mesmo modo, nós não conseguimos acessar diretamente dimensões além das nossas três espaciais (supondo que elas existam), embora seja possível inferir sua presença indiretamente, por meio de medições sofisticadas das energias e forças que atuam em nossa própria dimensão.

 

Esse exemplo ajuda a ilustrar a dificuldade de conceber realidades que transcendam nossa experiência direta. Se, para os habitantes bidimensionais, a terceira dimensão seria inconcebível, o que dizer de nós, confrontados com a hipótese de sete dimensões espaciais adicionais, como propõe a Teoria M?

 

De acordo com essa proposta, as dimensões extras não são amplas e extensas como as que conhecemos, mas compactificadas, enroladas sobre si mesmas em escalas microscópicas, da ordem do comprimento de Planck (10-33 cm). Para entender melhor, imagine uma mangueira: à distância, ela parece unidimensional, como uma linha; de perto, nota-se a existência de uma dimensão extra — a circunferência. Assim, mesmo que não possamos perceber diretamente essas dimensões ocultas, elas podem deixar marcas sutis no comportamento das partículas e das forças fundamentais.

 

Alguns físicos especulam que a relativa fraqueza da gravidade (quando comparada com as outras forças da natureza) poderia ser explicada por sua dispersão através dessas dimensões adicionais. Enquanto o eletromagnetismo e as forças nucleares estariam confinados ao nosso espaço tridimensional, a gravidade poderia "vazar" para as dimensões extras, diluindo-se e, por isso, se tornando mais fraca.

 

Claro que tudo isso está no campo da especulação, apoiado em modelos matemáticos elegantes, mas que carecem de evidências experimentais conclusivas. Detectar essas dimensões requereria energias muito superiores às que conseguimos gerar atualmente — talvez ordens de grandeza além das alcançadas pelo mais potente dos aceleradores de partículas — o Large Hadron Collider. 

 

Talvez por isso a teoria do "multiverso" ainda é vista como pseudociência, embora o cosmos seja gigantesco e esteja em permanente expansão. Segundo a teoria da cosmologia inflacionária, a inflação cósmica poderia ter criado uma constelação de universos-bolha, com propriedades semelhantes ou diferentes das dos nosso, mas que não podemos observar diretamente. Já a Interpretação dos Muitos-Mundos descreve matematicamente o comportamento da matéria e prevê a presença de linhas de tempo ramificadas (ou realidades alternativas) onde as decisões que tomamos se desenrolam de maneiras diferentes e produzem resultados distintos. 

 

ObservaçãoNem todas as teorias que tratam de outros universos sugerem a existência de versões de nós mesmos, até porque as propostas surgem de diferentes correntes científicas, mas todas apontam para a existência de um multiverso. 

Na visão míope dos céticos, a teoria do multiverso não é empiricamente testável, já que, por definição, os universos paralelos seriam independentes do nosso e impossíveis de acessar. Mas o fato de ainda não termos descoberto o teste certo não significa que não possamos descobri-lo mais adiante. Ademais, formular teorias sobre realidades que escapam à nossa experiência direta já diz muito sobre a capacidade humana de extrapolar, modelar e imaginar. 

Ainda não existem evidências de uma dimensão espacial extra do tamanho das três que já conhecemos, mas não há nada como o tempo para passar — e a curiosidade humana para avançar. Resta saber se um dia conseguiremos não apenas inferir, mas efetivamente perceber e explorar essas dimensões ocultas, ou se permaneceremos, como os habitantes do mundo bidimensional, aprisionados ao conforto da nossa ignorância. Até porque o verdadeiro limite talvez não esteja na estrutura do universo, mas na ousadia de quem se atreve a desvendá-la.

 

Continua...

domingo, 13 de julho de 2025

CROQUETES DE CARNE

OS MELHORES PRESENTES QUE A VIDA NOS DÁ SÃO AS LEMBRANÇAS, E  OS PIORES SÃO AS SAUDADES.

 

No último domingo, vimos como fazer baurus iguais aos que eu comia na Leiteria Lírico, nos idos anos 1980. Hoje, a bola da vez são os croquetes de carne — os servidos lá eram dourados por fora, úmidos por dentro... enfim, deliciosos. 


Esse petisco surgiu na França e se popularizou no Brasil com diversas variações de recheio, mas o de carne moída se destaca por ser uma maneira de reaproveitar sobras de carne (como ensinou Lavoisier, o bife que sobra vira picadinho, e o picadinho que sobra, croquete de carne). Além de ser uma receita econômica, o preparo é simples, e você pode servir como tira-gosto, acompanhado de caipirinha, cerveja, vodca-tônica, uísque, etc.


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Magalhães Pinto ensinou que política é como as nuvens: a gente olha e elas estão de um jeito; olha de novo, e já mudaram. Acompanhar essas mudanças é como trocar o pneu com o carro em movimento — e, graças à polarização, o que já era ruim conseguiu piorar.
Einstein dizia que duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. A prova cabal desse axioma é o eleitorado tupiniquim repetir, a cada eleição, o que Pandora fez uma única vez. Em 2018, a desgraça que escapou da caixa se chamava Jair Bolsonaro — eleito para evitar que o país fosse presidido por um presidiário. Em 2022, elegeu-se o mesmo presidiário retrocitado (então libertado, descondenado e reabilitado politicamente), numa espécie de desforra surreal: o mal menor era livrar-se da perpetuação do estrupício golpista no poder. E como nada é tão ruim que não possa piorar, a polarização promete novo embate em 2026 entre a esquerda lulopetista e a direita bolsonarista. 
Bolsonaro está inelegível e na bica de ser sentenciado por tentativa de golpe de Estado, mas “Micheque”, “Dudu Bananinha” e Tarcísio de Freitas disputam a "honra" de lhe servir de bonifrate — a exemplo do que Haddad fez por Lula em 2018. Lula, mesmo combalido pela idade, pela saúde e pelos maiores índices de rejeição de sua trajetória, não abre mão de disputar um quarto mandato, e para isso está disposto a aumentar ainda mais o déficit público — o maior da história republicana desta banânia — com seus pacotes de bondades populistas e eleitoreiras. 
Há duas semanas, havia no palácio um presidente enfraquecido à procura de um discurso. Mas quem tem padrinho não morre pagão — mesmo que o padrinho seja vermelho, tenha chifres, cascos e rabo em ponta de seta. Lula foi agraciado pelos adversários com dois inimigos que teria pedido a Deus, se porventura acreditasse em Deus — os bilionários e o Tio Sam — e retirou da mochila duas ferramentas velhas de guerra: a luta de classes e o nacionalismo. 
Se virasse roteiro de cinema, a conjuntura das últimas semanas renderia uma tragicomédia. Deve doer nos operadores da oposição bolsonarista perceber que comprometem a cena ao fazer o papel de vassalos desastrados, num enredo confuso em que o protagonista é um gorila cor de laranja, o coadjuvante é um capitão golpista — e o epílogo é a cadeia.

Você vai precisar de:

 

1) 1 kg de patinho ou coxão-mole; 

2) 2 batatas médias;

3) 1 colher (sopa) de manteiga; 

4) 3 dentes de alho picados; 

5) 1 cebola média picada ou ralada; 

6) ½ pimentão médio picado (sem as sementes);

7) ½ xícara de farinha de trigo e o mesmo tanto de farinha de rosca; 

8) 1 xícara de leite; 

9) 2 ovos (clara e gema); 

10) Um pacote (100 g) de queijo parmesão ralado; 

11) Sal, pimenta do reino, cheiro verde e molho inglês a gosto.

Se não sobrou nada do churrasco de domingo, limpe um pedaço de patinho ou coxão-mole, cozinhe na pressão junto com as batatas, deixe esfriar e passe tudo pelo processador (ou duas vezes por moedor convencional).

 

Aqueça a manteiga numa panela de tamanho adequado, coloque a carne e as batatas já processadas ou moídas e, sempre mexendo com uma colher de pau, acrescente os ovos, o alho, a cebola, o cheiro-verde, o pimentão, o queijo ralado e os demais temperos, a farinha dissolvida no leite, e continue mexendo. 

 

Quando a massa ficar bem homogênea, desligue o fogo, deixar esfriar, unte as mãos com um pouco de óleo, enrole os croquetes (o tamanho fica a seu critério), passe-os na farinha de trigo, depois numa mistura de ovo batido e água e então na farinha de rosca. Separe a quantidade que for você consumir, coloque os que sobrarem num pote (tipo Tupperware) com tampa e guarde na geladeira por até 3 dias ou no congelador por até 3 meses (proceda da mesma maneira se sobrarem croquetes fritos, e use o forno, o micro-ondas ou a airfryer para reaquecer).

 

Esquente bem o óleo numa panela ou frigideira do borda alta (mergulhe um palito de fósforo no óleo; quando ele acender, é porque está no ponto) e frite os croquetes em pequenas quantidades, de modo a evitar que o óleo esfrie e encharque a fritura. Quando estiverem dourados, transfira-os para uma travessa forrada com toalhas de papel, deixe absorver o excesso de gordura e sirva.

 

Dicas: Se preferir, asse os croquetes no forno preaquecido a 200°C por 20 a 30 minutos (de acordo com a potência do seu forno). Para que eles fiquem mais crocantes, deixe-os na geladeira por pelo menos uma hora antes de fritar. Para deixar o recheio ainda mais saboroso, coloque um pedaço de muçarela ou gorgonzola dentro de cada croquete (ou de alguns croquetes, ao gosto do freguês).


Bom proveito.

sábado, 12 de julho de 2025

TRUMP, BOLSONARO E DISTINTA COMPAHIA

O PROBLEMA NÃO É O QUE DISSERAM, MAS QUEM O DISSE. 

Edmar Bacha criou o termo belíndia para definir um país onde até morador de rua paga impostos (81% sobre uma garrafa de cachaça), mas o grosso dos trilhões arrecadados anualmente é consumido pela máquina pública e o pouco que sobra, quando não escoa ralo da corrupção, não dá sequer para os serviços essenciais.

Em vez de cortar custos para reduzir o déficit público, Lula torra bilhões em projetos assistencialista-eleitoreiros. O Congresso, fisiologista, cria 18 novas cadeiras novas cadeiras na Câmara — que custarão mais R$ 748,6 milhões por ano aos cofres públicos —, como se precisássemos de mais deputados, e não de políticos probos. Mas o que esperar de um eleitorado majoritariamente ignorante, que repete a cada eleição o que Pandora fez uma única vez?

 

Em 1989, depois de 29 anos sem votar para para presidente, essa choldra levou Collor e Lula ao segundo turno, embora Ulysses Guimarães, Mario Covas e Leonel Brizola figurassem entre os mais de 20 postulantes ao Planalto. Isso explica por que desde 2002, quando FHC ficou sem novos coelhos para tirar da velha cartola, tivemos Lula, Dilma, Temer, Bolsonaro e novamente Lula na presidência e prefeitos, vereadores, governadores, deputados estaduais e congressistas demagogos corporativistas, demagogos e, não raro, corruptos.

 

Em 2018, a rejeição ao lulopetismo deu azo ao bolsonarismo. Em 2022, ocorreu o inverso. E deu no que está dando. O capetão — a quem não faltaram motivos para ser impichado e condenado durante sua execrável gestão — posa de candidato, mesmo estando inelegível até 2030 e em via de ser julgado — e provavelmente condenado — por tentativa de golpe de Estado. No outro extremo do tablado político-ideológico, o desempregado que deu certo e ex-presidiário mais famoso do Brasil sonha com a reeleição, mesmo amargando a maior rejeição de toda sua trajetória política. 


Observação: Bolsonaro foi o maior responsável pela soltura de Lula, e Lula pode ser o responsável pela vitória de um candidato de extrema-direita em 2026.

Como não há nada tão ruim que não possa piorar, "Dudu Bananinha" e seus cupinchas tanto fizeram que Donald Trump — que parece pensar ter sido eleito para o cargo de Deus — sobretaxou em 50% os produtos brasileiros em retaliação ao que chamou de "caça às bruxas". Em resposta, o Sun Tzu de Garanhuns prometeu reciprocidade.

Mas não é só: em meio a essa crise diplomática, a Comissão de Relações Exteriores de Defesa Nacional da Câmara aprovou uma moção de louvor a Trump, exaltando-o como "exemplo de democracia moderna e justa", enquanto aliados do governo atribuem a saia-justa à interferência política de zero três.

O viés bolsonarista da sanção da Casa Branca deu à política nacional uma aparência de centro terapêutico onde Trump é o maníaco, Bolsonaro, o depressivo, e os ministros do STF, os terapeutas.

Trancado em seus rancores, o aspirante a golpista atrai para a psicanálise de grupo personagens como Tarcísio de Freitas, que não sabe se defende as forças produtivas de São Paulo ou se adiciona Lexotan à sua sopa.


Um político pode trair o país ou o eleitorado. Bolsonaro traiu seu país ao permitir que o filho se exilasse nos EUA para tramar contra os interesses do Brasil, e emboscou o eleitorado ao cavar a vinculação do julgamento por tentativa de golpe à chantagem tarifária de Trump. Além de se tornar ator coadjuvante de um ataque estrangeiro contra empresários e trabalhadores brasileiros, arrisca-se amargar, ele próprio, uma traição.


Se o rompimento com Musk serviu de alguma coisa, foi para mostrar que Trump — que não é leal senão a si mesmo — está acorrentado aos interesses de Bolsonaro por grilhões de barbante.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

SALVE-SE QUEM PUDER (CONCLUSÃO)

PODES ENGANAR OS OUTROS DE LONGE, MAS, DE PERTO, SÓ A TI MESMO.

 

Janja começou a seguir Lula nos anos 1990, na esteira das "caravanas da cidadania" lideradas pelo petista. A amizade ganhou força em 2011, quando ela o convenceu a fazer uma palestra no Rio, e a busca ficou mais fácil em 2018, quando ela se instalou no acampamento montado nas imediações do prédio em que o então presidiário mais famoso do Brasil cumpria pena. 

 

As visitas conjugais se amiudaram e, em 2022, a namorada do ex-presidiário virou primeira-dama — parecendo acreditar que quem vota num candidato elege um casal. No dia da posse, segurando a cadela Resistência, Janja subiu a rampa do Planalto antes do marido, e atribuiu a cena sem precedentes à necessidade de comandar o último ensaio para a entrega da faixa por um grupo de "representantes do povo brasileiro" escolhido por ela própria.

 

No início do terceiro mandato de Lula, Janja apareceu para uma entrevista à TV Globo vestindo um terninho branco abotoado sobre uma blusa roxa e carregando o que parecia um livro com mais de mil páginas — que, como ela própria esclareceu, era a lista do patrimônio da residência presidencial. "Vou mostrar como este lugar foi entregue para a gente", ameaçou. Em seguida, culpou o primeiro casal anterior por diversos estragos — de mesas avariadas a rasgos no revestimento de poltronas e focos de infiltração no teto. Ao longo da conversa, escancarou defeitos de fabricação que, somados, identificavam uma genuína alpinista social prenhe de deslumbramento.

 

Janja ocupa o gabinete do Palácio do Planalto que Michelle "Micheque" Bolsonaro ocupou de 2019 a 2022. Em seus tempos de primeira-dama, Marisa Letícia exigiu uma sala, mas nunca se soube o que fez nela, em 8 anos no posto, alguém que somou quatro declarações públicas. Sabe-se que deixava a sala no final da tarde, entrava sem bater no gabinete do marido e, com ou sem testemunhas por perto, comunicava que era hora de voltar para casa.

 

A agenda e o número de funcionários à disposição Janja são mantidos em sigilo, mas sabe-se que, ali, a exigente primeira-dama planeja contratações e demissões, compras de todo tipos e a próxima viagem do primeiro-casal, bem como transforma em adversário quem atravessa seu caminho — como Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, que, no início de 2023, impediu a compra de uma mesa para o Alvorada, no valor de R$ 200 mil e vazou para imprensa que o sofá e a cama de casal custaram R$ 65 mil e R$ 42 mil, respectivamente.

 

Em Washington, Janja se meteu entre Lula e Joe Biden na hora da foto. Na índia, desembarcou ao lado do marido, juntou as palmas das mãos, recitou “namastê” e avisou que, se ninguém a segurasse, sairia dançando — mas apagou o vídeo quando foi lembrada de que tanta animação destoava das inundações devastadoras no Rio Grande do Sul. Em Delhi, de mãos dadas com Lula, invadiu a área em que os membros do G20 seriam fotografados com o primeiro-ministro Narendra Modi — e estava caprichando na pose quando foi gentilmente convidada a se retirar. "Lula não largava minha mão", justificou.

 

Em maio de 2023, a rainha-consorte contratou três chefs para comandar a cozinha do Alvorada. Sua impaciência com subordinados transborda até com câmeras por perto — como na reinauguração do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, quando confiscou um microfone para repreender a funcionária do cerimonial: "Segura um pouco, que ele nem entregou a faixa".

 

No coração do poder, Janja se sente tão à vontade quanto deputado em sexto mandato. Invade reuniões ministeriais sem pedir licença, dá bronca em quem irrita Lula com más notícias, nomeia e demite. Com Lula o marido retido em Brasília por conta da posse do ministro Barroso na presidência do STF, ela visitou a região gaúcha alagada pela tragédia e prometeu socorro aos flagelados e ajuda aos desvalidos. 

 

Ao virar capa de revista, deixou claro que o que antes parecia difícil de engolir se tornara intragável. Na sessão de fotos de Bob Wolfenson, usou seis trajes concebidos por estilistas brasileiros dos quais é cliente. "Compro o que eles fazem porque a gente precisa falar mais sobre moda brasileira", justificou. Entre outras declarações, informou que continuará palpitando sobre o que lhe der na telha: "Não é porque sou mulher do presidente que vou falar só de batom". Mas reafirmou sua antiga paixão por cremes para os cabelos, cosméticos, roupas e sapatos — como os da grife Hermès, avaliados em cerca de R$ 8,5 mil.

 

Depois de Lula, das roupas de grife e dos sapatos caríssimos, o que Janja mais ama são as viagens no avião presidencial. Só nos dez primeiros meses de governo, visitou 19 países, hospedando-se nos melhores hotéis, com diárias de fazer corar bilionários da Forbes. Também cabe a ela conferir a lista de integrantes das comitivas — que ultrapassam 300 felizardos. Chegou até a pedir ao marido uma aeronave nova, com banheiro, cama de casal e maior autonomia de voo. 

 

Observação: Durante sua primeira gestão Lula aposentou o Boeing 707 usado desde 1986 e comprou um Airbus A319CJ (vulgo Aerolula) por US$ 56,7 milhões — mais US$ 13,5 milhões para incluir uma suíte presidencial. A aeronave tem vida útil até 2033, mas cogita-se equipar um dos Airbus A330 herdados da gestão Bolsonaro com uma suíte de casal, banheiro com chuveiro, escritório, sala de reuniões e 100 poltronas para acomodar a comitiva presidencial e os jornalistas. Conforto é prioridade para a primeira-dama, como ele deixou claro ao renovar a mobília do Alvorada.


A vida que Janja teria pedido a Deus se acreditasse Nele fica ainda mais ensolarada quando a mídia amplifica seus poderes. O jornal francês Le Monde chegou a qualificá-la como "vice-presidente de fato" — uma ascensão e tanto para quem nasceu em União da Vitória (PR), numa família "reacionária e conservadora", que reprovou sua filiação ao PT em 1983, quando ela tinha 17 anos. Em 1986 foi, contratada pela liderança do partido na Assembleia Legislativa do Paraná. Em 2005, já no primeiro mandato de Lula, virou "socióloga de campo" em Itaipu — sem concurso. Ao deixar o emprego para se dedicar em tempo integral ao vidão de primeira-dama, embolsava R$ 20 mil mensais.

 

Primeiras-damas não têm mandato por voto popular nem ocupam qualquer cargo ou função na esfera administrativa. No entanto, com o aval de Lula, a atual segue cumprindo uma agenda própria de encontros e reuniões. Em setembro de 2023, representou Lula (que se recuperava de uma cirurgia no quadril) em compromissos no Vale do Taquari (RS). Era esperado que o vice. Geraldo Alckmin, o fizesse, mas Janja ocupou o posto informalmente.

 

Se não fosse prisioneira do deslumbramento, Janja poderia administrar com competência programas sociais, como fizeram suas antecessoras. Valorizasse a discrição, poderia tocar projetos específicos — qualquer comparação com Ruth Cardoso seria um insulto à memória da ex-primeira-dama. Mas ela parece vocacionada a se intrometer em tudo, e acaba não fazendo nada. Suas atitudes lembram as de Eva Perón (1919-1952), com quem ela disse se identificar. Evita — como ficou conhecida a primeira-dama no regime populista de Juan Perón — atuou como ministra de fato do Trabalho e da Saúde durante o governo do marido, mas o protagonismo de Janja reflete o deseja de ampliar sua influência com base apenas no vínculo conjugal. 

 

"Minhas conversas com o presidente são em casa, no dia a dia, e nos fins de semana, tomando uma cervejinha. Ele me ouve com muita atenção", garante a doutora em tudo. Durante um jantar oficial na China com Xi Jinping, quebrou o protocolo ao pedir a palavra para criticar algoritmos de uma rede social. A situação foi constrangedora, mas ela não se deu por achada: "Não há protocolo que me faça calar, recitou madame — e Lula não viu nada de mais. À semelhança de Hillary Clinton e Cristina Kirchner, Janja parece ambicionar mais e mais poder — talvez até o Palácio do Planalto se o marido não disputar a reeleição, optando por ser a "eminência parda" num eventual governo dela.

 

Com seus carros blindados, seguranças vergados sob o peso de armas automáticas, cartões de crédito com sigilo centenário e diárias de hotel no exterior que se aproximam dos R$ 40 mil, Lula e Dilma representam a caricatura do milionário brasileiro subdesenvolvido. Levam vidas de paxá a custa dos impostos que nós pagamos ao abastecer o carro ou comprar uma dúzia de ovos. Neste Brasil às avessas, o governo soca mais impostos na economia em vez de cortar despesas, e promete que os ricos pagarão a conta. Mais uma vez, a safadeza se repete: o dinheiro "tirado dos ricos" vai para as burras do Estado, e não há ninguém mais rico que o Estado nesta republiqueta de bananas.

 

O padrão de vida de Lula, de Janja e de quem mais mama nas tetas do Tesouro não será afetado pelo aumento do IOF. Magistrados e castas do funcionalismo continuarão recebendo salários de R$ 100 mil ou 200 mil mensais, enquanto o povo paga mais caro pelo crédito, perde o emprego, enfim, toma na tarraqueta com mais um "Plano Caracu" — em que o governo entra com a "cara" e o povo com... o resto.  

 

Se imposto eliminasse a pobreza, não haveria pobres no Brasil. Ao jogar os pobres contra os ricos. Lula, Janja e a extrema esquerda requentam a velha "guerra de classes". É a velha cantilena de sempre: o pobre só é pobre porque existe o rico, e o rico só é rico porque tira dinheiro do pobre. Mas "acabar com os ricos" não soluciona o problema dos pobres. Lula promove hoje o maior programa de concentração de renda do mundo — enriquecendo o Estado — e o maior programa de perpetuação da miséria — o Bolsa Família, com 54 milhões de dependentes. Fala em políticas sociais e opção pelos pobres, mas a única opção que faz é por si mesmo e por seus apaniguados. 

 

Resumo da ópera: Enquanto Janja viaja sozinha para a Rússia num avião da FAB com capacidade para 200 passageiros, ostentando bolsas e acessórios de preços estratosféricos, Lula não sabe há mais de 40 anos o que é a fila no SUS, no transporte público, ou o valor da conta de luz. Juntos, forma um casal podre de rico, como os que aparecem na revista Caras, exibindo a mesa do café da manhã em suas mansões cinematográficas, símbolo perfeito de um país virado do avesso.

Triste Brasil.